quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

CONAB PUBLICA PRIMEIRA PREVISÃO DE SAFRA DE CAFÉ 2016

O primeiro levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para safra de café 2016 foi divulgado em 20/01. Pela avaliação da companhia, o Brasil deve colher de 49,1 a 51,9 milhões de sacas este ano. "Com uma boa safra, a tendência é não ter grandes impactos na cotação do produto. Então, o produtor acaba ganhando, porque ele produz bem, num cenário de preço que já conhece", diz o ministro interino da Agricultura, André Nassar.

O estudo mostra um aumento entre 13,6% e 20,1% na produção em relação a 2015.       A variedade de café arábica está estimada entre 37,7 e 39,8 milhões de sacas, um crescimento de 17,8% a 24,4% sobre a safra anterior. Já o café conilon deve render entre 11,3 e 12 milhões de sacas, incremento entre 1,8 e 8% sobre a safra passada.

O levantamento da Conab aponta um aumento entre 24,8 e 26,2 sacas por hectare, incremento entre 10,4% e 16,8% em relação à 2015. O café ocupa uma área de 2,25 milhões de hectares no Brasil – 0,8% maior do que a do ano passado (13,4 mil hectares).

A variedade arábica responde por 79,2%. Minas Gerais continua na liderança, respondendo 67,8% do total dessa variedade. Já a estimativa da Conab para o café conilon é de uma redução de área de 468,2 mil hectares – 2,9% menos do que em 2015. 

REGIÃO DO CERRADO MINEIRO

A primeira estimativa de produção de café na Região do Cerrado Mineiro para a safra 2015/16 é de 6.502.100 sacas de 60 quilos, o que representa um aumento de 53,61%, comparativamente à safra anterior. A produtividade média apresentou um incremento de 43,05%, passando de 24,81 sc/ha em 2015, para 35,48 sacas/ha em 2016. A área de café em produção teve um acréscimo de 7,41% em relação à safra passada. A área total de café na região está estimada em 208.451 hectares, sendo 183.273 hectares em produção e 25.178 hectares em formação e renovação.

O aumento estimado para a produção de café na safra 2015/16, se deve ao ganho de produtividade, decorrente do ciclo bienal da cultura, potencializado por produções menores do que o esperado, principalmente, nas duas últimas safras, decorrente de condições climáticas desfavoráveis e ao incremento significativo na área de café em produção da ordem de 7,41%, resultante da incorporação de novas áreas que se encontravam em formação e renovação, decorrente de podas realizadas, especialmente esqueletamentos.

As primeiras chuvas, após a estação seca, ocorreram na primeira quinzena de setembro, em volumes significativos, favorecendo a primeira e a mais representativa das floradas. Entretanto, o período compreendido entre meados de setembro até o final de outubro foi seco e quente. No final de outubro e início de novembro as pancadas de chuva foram recorrentes na região, propiciando o surgimento de uma segunda florada de menor intensidade. O período quente e seco compreendido entre meados de setembro e o final de outubro poderá comprometer o pleno desenvolvimento dos “chumbinhos” e, consequentemente, ensejar queda de frutos nos próximos meses, além de ter favorecido a infestação por bicho mineiro nas lavouras cafeeiras da região. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário