Nesta safra 2016/2017, a situação climática interferiu diretamente na produção de cafés conilon no Espírito Santo. O Estado produziu 5,3 milhões de sacas, cerca de 2,4 milhões a menos que a safra anterior. O quadro se agrava quando as perspectivas apontam para uma produção ainda menor em 2018.
Neste mesmo período, a demanda pela indústria não diminui, o que elevou o preço do conilon a patamares iguais ou acima do arábica. A torrefação tem buscado enfrentar a escassez substituindo o produto por arábica de qualidade inferior.
As indústrias de solúveis dizem que não é possível adotar tal medida devido ao tipo de produto que fabricam e, se articulam para convencer o governo brasileiro a liberar a importação de café. Justificam que seria no sistema drawback, quando o café entra no Brasil com a única finalidade de ser processado e enviado a exportação em seguida.
Esta notícia tomou proporções após ser anunciada por um diretor da ABICS no Canal Rural. A importação de café é apenas uma hipótese levantada pelo grupo, contudo nos leva a questionamentos importantes.
Os produtores veem lutando arduamente desde abril de 2015 para que o Brasil não importasse café verde do Peru. A indústria apoiou a decisão do Ministério da Agricultura. O setor produtivo viu com receio a decisão visto os efeitos que poderia causar, como a desvalorização do produto nacional, a perca de renda e rentabilidade.
Outra justificativa, foi o risco de entrada de doenças no país com a contaminação de plantas. Apesar das barreiras fitossanitárias, as medidas são insuficientes.
Novamente, com a quebra de safra do conilon, a indústria se mobiliza para tentar aprovar a medida de importação de grãos. Novamente, nos sentimos ultrajados diante da possibilidade de ver nossos investimentos, a dedicação de uma vida inteira, ameaçada.
Temos tecnologia. Produzimos cafés que atendem a todos os padrões de qualidade, tanto no arábica, quanto no conilon. Acreditamos que é possível através de pesquisa e desenvolvimento suprir a carência do mercado com produtos inovadores.
Arriscar o emprego de milhões de trabalhadores do agronegócio café em virtude de poucas empresas de um único segmento é desonrar a cafeicultura nacional. Somos contra a importação, somos a favor de investimentos e o desenvolvimento do agronegócio Brasileiro.
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