segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

ACARPA 30 ANOS DE CONQUISTAS

A Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio funciona com a união dos seus membros há exatos 30 anos, comemorados em 12 de janeiro. Neste período cum-primos o papel de representar o cafeicultor e buscar soluções para suas necessidades. Foi através da Acarpa que pudemos construir um forte agronegócio café em Patrocínio.
Marcelo Queiroz - presidente da Acarpa

Recordemos que com a extinção do IBC – Instituto Brasileiro do Café - a situação tornou-se crítica e, a ACARPA passou então a ocupar o espaço vago que foi deixado pelo único órgão de apoio à cafeicultura. Em seguida, foi na associação que nasceu a Expocaccer com intuito de armazenar, beneficiar e comercializar a produção. Atualmente, está entre as maiores cooperativas exportadoras do grão no país, respeitada mundialmente.

A criação do Caccer – Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado aconteceu dentro da Acarpa, onde foi acolhido por anos. O conselho fortaleceu-se e originou a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, gestora da marca Região do Cerrado Mineiro, um dos nossos maiores legados nesta caminhada.

Era preciso criarmos uma marca própria para mostrarmos o diferencial produtivo e de qualidade que temos no Cerrado. Sem perder este foco, alcançamos a denominação de origem e, com apoio do Sebrae vamos trilhando um futuro pautado em pesquisa, desenvolvimento e valorização dos produtores.

Foram inúmeros os benefícios alcançados junto as instituições financeiras, especialmente o Banco do Brasil, um dos grandes financiadores da cafeicultura no Cerrado desde os primórdios. Podemos mencionar a conquista da linha de custeio específica ao café; a criação da CPR – Cédula de Produtor Rural física e financeira e a sala de atendimento ao produtor rural na agência de Patrocínio.

Indiretamente o café gera renda e empregos. Além das fazendas que empregam mão-de-obra direta, inúmeras empresas estão instaladas em Patrocínio e prestam serviços na área de armazenagem, beneficiamento, comercialização, fornecimento de insumos, máquinas e implementos. Alimentação, hotelaria, abastecimento e recolhimento de impostos são oriundos da atividade.

As empresas também investem em desenvolvimento de máquinas e insumos específicos a cafeicultura. As instituições de ensino têm o papel de prepararem os profissionais que irão atuar no setor em diversas atividades.

Nesta linha, consideramos uma grande conquista a realização do Seminário do Café por 25 anos. É referência em evento do agronegócio promovido na origem produtora. Nele, ao longo de suas edições promovemos o conhecimento, a difusão de tecnologias, a sustentabilidade da cafeicultura e o culto ao café. Somado o Fórum de Mercado e Política de Café, são nossas vitrines ao mercado com destaque em mídias nacionais.

A representação política da entidade é inquestionável. Foram diversas viagens e reivindicações a órgãos governamentais para que ouvissem nossos apelos. Apesar dos anos, essa presença continua a ser necessária e constante. Estamos aliados ao governo municipal e estadual, a Câmara dos Deputados, ao Conselho Nacional do Café e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Recentemente, nos posicionamos quanto a importação de café, numa ação contrária a indústria e alguns segmentos do próprio MAPA.

Em nível governamental, lembramos dos esforços na área ambiental. O produtor sempre é penalizado e nosso objetivo é buscar minimizar estas forças e adequação das leis. A cafeicultura foi pioneira em levantar a bandeira da preservação do meio ambiente e valorização das pessoas. Justifica-se o pioneirismo e investimentos em certificação das fazendas.

Em Minas Gerais pudemos contribuir diretamente para criação das bases do então Certifica Minas. As certificadoras internacionais reconhecem o trabalho dos produtores. O Cerrado Mineiro concentra o maior número de propriedades certificadas no Brasil.

Inquestionavelmente, evoluímos com a criação do NINTER – Núcleo Intersindical de Conciliação Trabalhista “Dr. Antônio Gomes de Vasconcelos”. Com objetivo de diminuir os conflitos trabalhistas no meio rural, o saldo é extremamente positivo em números e na qualidade do relacionamento patronal.

Da planta ao comércio, tudo se torna um ciclo contínuo de prosperidade. Aqui citamos resumidamente alguns esforços da Acarpa ou originados por suas ações neste período. Nomear todos nos demandará escrever um livro, onde o personagem principal é você, Cafeicultor.

Mais que evocar as conquistas dos 30 anos devemos pensar o futuro. Em nível mundial as organizações têm se reinventado, nós também precisamos passar por este processo. O primeiro passo será estreitar o seu relacionamento com a associação. Ações simples como utilizar mais os serviços oferecidos pela Acarpa podem contribuir para este fim. Estão à disposição os departamentos técnico, ambiental, jurídico e trabalhista.


Diversos outros serviços e produtos poderão vir a ser oferecidos, para isso envie suas reivindicações e ideias. Continuemos juntos, fortalecendo a nossa classe, trabalhando pelos objetivos comuns.

Parabéns, cafeicultores!


Leia também Banco do Brasil em Patrocínio tem nova gerência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário