A Associação dos Cafeicultores
da Região de Patrocínio funciona com a união dos seus membros há exatos 30
anos, comemorados em 12 de janeiro. Neste período cum-primos o papel de
representar o cafeicultor e buscar soluções para suas necessidades. Foi através
da Acarpa que pudemos construir um forte agronegócio café em Patrocínio.
Marcelo Queiroz - presidente da Acarpa |
Recordemos que com a extinção
do IBC – Instituto Brasileiro do Café - a situação tornou-se crítica e, a
ACARPA passou então a ocupar o espaço vago que foi deixado pelo único órgão de
apoio à cafeicultura. Em seguida, foi na associação que nasceu a Expocaccer com
intuito de armazenar, beneficiar e comercializar a produção. Atualmente, está
entre as maiores cooperativas exportadoras do grão no país, respeitada
mundialmente.
A criação do Caccer – Conselho
das Associações dos Cafeicultores do Cerrado aconteceu dentro da Acarpa, onde
foi acolhido por anos. O conselho fortaleceu-se e originou a Federação dos
Cafeicultores do Cerrado, gestora da marca Região do Cerrado Mineiro, um dos
nossos maiores legados nesta caminhada.
Era preciso criarmos uma marca
própria para mostrarmos o diferencial produtivo e de qualidade que temos no
Cerrado. Sem perder este foco, alcançamos a denominação de origem e, com apoio
do Sebrae vamos trilhando um futuro pautado em pesquisa, desenvolvimento e
valorização dos produtores.
Foram inúmeros os benefícios
alcançados junto as instituições financeiras, especialmente o Banco do Brasil,
um dos grandes financiadores da cafeicultura no Cerrado desde os primórdios.
Podemos mencionar a conquista da linha de custeio específica ao café; a criação
da CPR – Cédula de Produtor Rural física e financeira e a sala de atendimento
ao produtor rural na agência de Patrocínio.
Indiretamente o café gera
renda e empregos. Além das fazendas que empregam mão-de-obra direta, inúmeras
empresas estão instaladas em Patrocínio e prestam serviços na área de
armazenagem, beneficiamento, comercialização, fornecimento de insumos, máquinas
e implementos. Alimentação, hotelaria, abastecimento e recolhimento de impostos
são oriundos da atividade.
As empresas também investem em
desenvolvimento de máquinas e insumos específicos a cafeicultura. As
instituições de ensino têm o papel de prepararem os profissionais que irão
atuar no setor em diversas atividades.
Nesta linha, consideramos uma
grande conquista a realização do Seminário do Café por 25 anos. É referência em
evento do agronegócio promovido na origem produtora. Nele, ao longo de suas
edições promovemos o conhecimento, a difusão de tecnologias, a sustentabilidade
da cafeicultura e o culto ao café. Somado o Fórum de Mercado e Política de
Café, são nossas vitrines ao mercado com destaque em mídias nacionais.
A representação política da
entidade é inquestionável. Foram diversas viagens e reivindicações a órgãos
governamentais para que ouvissem nossos apelos. Apesar dos anos, essa presença
continua a ser necessária e constante. Estamos aliados ao governo municipal e
estadual, a Câmara dos Deputados, ao Conselho Nacional do Café e ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Recentemente, nos posicionamos quanto
a importação de café, numa ação contrária a indústria e alguns segmentos do
próprio MAPA.
Em nível governamental,
lembramos dos esforços na área ambiental. O produtor sempre é penalizado e
nosso objetivo é buscar minimizar estas forças e adequação das leis. A
cafeicultura foi pioneira em levantar a bandeira da preservação do meio
ambiente e valorização das pessoas. Justifica-se o pioneirismo e investimentos
em certificação das fazendas.
Em Minas Gerais pudemos
contribuir diretamente para criação das bases do então Certifica Minas. As
certificadoras internacionais reconhecem o trabalho dos produtores. O Cerrado
Mineiro concentra o maior número de propriedades certificadas no Brasil.
Inquestionavelmente, evoluímos
com a criação do NINTER – Núcleo Intersindical de Conciliação Trabalhista “Dr.
Antônio Gomes de Vasconcelos”. Com objetivo de diminuir os conflitos
trabalhistas no meio rural, o saldo é extremamente positivo em números e na
qualidade do relacionamento patronal.
Da planta ao comércio, tudo se
torna um ciclo contínuo de prosperidade. Aqui citamos resumidamente alguns
esforços da Acarpa ou originados por suas ações neste período. Nomear todos nos
demandará escrever um livro, onde o personagem principal é você, Cafeicultor.
Mais que evocar as conquistas
dos 30 anos devemos pensar o futuro. Em nível mundial as organizações têm se
reinventado, nós também precisamos passar por este processo. O primeiro passo
será estreitar o seu relacionamento com a associação. Ações simples como
utilizar mais os serviços oferecidos pela Acarpa podem contribuir para este
fim. Estão à disposição os departamentos técnico, ambiental, jurídico e
trabalhista.
Diversos outros serviços e
produtos poderão vir a ser oferecidos, para isso envie suas reivindicações e
ideias. Continuemos juntos, fortalecendo a nossa classe, trabalhando pelos
objetivos comuns.
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