sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE OS IMPACTOS DA BROCA DO CAFÉ

Reunião aconteceu em Brasília e necessidade da discussão foi levantada no 23º Seminário do Café, em outubro.

Polliana Dias / ASCOM Expocaccer

Os representantes da Expocaccer, Ricardo Bartholo, vice-presidente do Conselho de Administração e Joel Borges, trader; estiveram em Brasília na última quinta-feira, 10 de dezembro, acompanhados do presidente da ACARPA, Marcelo Queiroz e do presidente do Sindicato Rural de Patrocínio, Osmar Nunes Júnior; para participarem da audiência pública que discutiu os impactos da broca do café na cadeia produtiva do Brasil.

A reunião foi fruto do debate promovido durante o 23º Seminário do Café da Região do Cerrado Mineiro promovido pela ACARPA em outubro. Após o evento, foram encaminhadas solicitações às autoridades competentes, como ao Conselho Nacional do Café (CNC) e à Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para a promoção da audiência com vistas a debater o assunto e buscar soluções.

Durante a audiência, os representantes da Expocaccer explanaram sobre os impactos constatados na lavoura e na comercialização do café, de acordo com levantamento anteriormente apresentado no Seminário do Café.

A audiência
Realizada na Câmara dos Deputados, a audiência contou com representantes da cadeia do café, desde cafeicultores, cooperativas, autoridades políticas e indústria. Na oportunidade todos apontaram as dificuldades enfrentadas com o problema e suas consequências.

De acordo com o vice-presidente da Expocaccer, Ricardo Bartholo, a reunião cumpriu seu objetivo, pois “ao reunir entidades importantes no processo de autorização de agrotóxicos no mesmo ambiente para enxergarem a dimensão do problema, pois estavam lá representantes do MAPA, da ANVISA e do IBAMA, que são os três órgãos que precisam dar as autorizações para o uso das moléculas, cada uma em sua área; para que o produto seja liberado, sendo que três segmentos estiveram presentes expondo as suas dificuldades. Dentre eles houve a apresentação da ABIC, das cooperativas com seus levantamentos e a fala do produtor. Em minha exposição abordei como um processo de caráter urgente leva mais de seis meses para ter uma solução apresentada ao cafeicultor. As grandes indústrias com seus representantes assim como as torrefações, além de produtores representando as áreas produtoras de café e deputados, estiveram presentes na audiência, por isso eu senti que houve um comprometimento com o problema, uma vez que as falas dos órgãos competentes sinalizam que há um entendimento do problema e que a solução está a caminho”, avalia.

Em sua explanação, Joel Borges, apresentou os números levantados pela Expocaccer durante as duas últimas safras em que se verificou que dos lotes recebidos, 7% estavam infestados em 2014 e 9% em 2015. Também neste levantamento, foi apontado que deste montante, 72% das amostras eram de pequenos produtores e 28% das amostras de médios e grandes produtores, concluindo-se que a ausência de assistência técnica ocasionou o aumento da broca nas lavouras de pequenos produtores até 18 hectares, dimensionando o problema e seus impactos na cadeia. Foi colocado ainda pelo trader que “o uso de maneira indiscriminada de produtos como o Clorophirifós para o controle da praga, havendo casos em que a aplicação se faz necessária em várias vezes para se obter resultado satisfatório, há o aumento do risco de exposição à saúde humana e ao meio ambiente, logo, a nocividade pode ser ainda maior que a do produto banido do mercado, bem como há aumento do custo para o produtor e o desequilíbrio para outras pragas na lavoura, sendo que este conjunto de fatores afeta a comercialização do café no mercado interno”, declara.

Sobre o problema
A partir de 2013 a broca do café tornou-se motivo de preocupação quando um dos principais produtos utilizados para seu controle foi suspenso do comércio, o Endosulfan. Desde então, os cafeicultores encontram-se em dificuldades para controlar a referida praga que causa inúmeros problemas que vão, desde desequilíbrio das lavouras até a má qualidade dos grãos e da bebida, entre outros problemas. Por conseguinte, essas consequências são também sentidas pela indústria de café e podem chegar até os consumidores.

Joel Borges (Expocaccer), Ricardo Bartholo (Expocaccer),
Deputado Federal Silas Brasileiro, Osmar Nuns Júnior (Sindicato Rural de Patrocínio)
e Marcelo Queiroz (Acarpa), em Brasília durante a Audiência Pública sobre a Broca do Café.
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CÁPSULAS DE CAFÉ DULCE GUSTO JÁ SÃO FABRICADAS NO BRASIL

Nestlé inaugurou em Montes Claros a fábrica que produzirá capsulas da Dulce Gusto com cafés exclusivamente brasileiros. Governo não autorizou importação de grãos para compor os tradicionais blends, a solução foi a busca por cafés nacionais diferenciados.

Em 17 de dezembro, a Nestlé inaugurou sua fábrica para produção de cápsulas Nescafé Dolce Gusto em solo brasileiro. O investimento foi de R$ 220 milhões no município de Montes Claros (MG). Segundo a empresa serão produzidas quatro variedades de cápsulas: os cafés Buongiorno, Espresso e Espresso Intenso, e o Café Au Lait. Para 2016, está prevista a expansão para outras bebidas da linha.
A unidade de Montes Claros é a primeira fábrica de capsulas de café da Nestlé fora da Europa. Para manter a oferta de produtos tradicionais a empresa tem dificuldades de importar cafés verdes de outras origens, como Etiópia por exemplo. A justificativa do governo brasileiro de não autorizar a importação de café são questões de proteção fitossanitárias, para minimizar o risco de entrada de pragas e doenças no Brasil.  
Oportunidade para os cafés nacionais. Em busca de produtos diferenciados a Nestle lançou em nível nacional o Concurso Colheita Premiada, onde cafés da Região do Cerrado Mineiro tiveram expressivo destaque.
Na categoria Arábica via seca, o primeiro lugar foi do produtor Flávio Luiz Pequini (Coromandel/MG). Na categoria via úmida, o primeiro lugar foi para o Sul de Minas, para Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) e, na categoria Conion para a região de Santa Maria do Jetibá (ES), pela Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi).
Todos os finalistas receberão premiações em dinheiro que somam total de R$ 450 mil. Já as 850 sacas de café do grande vencedor, Flávio Pequeni, serão transformadas em uma edição especial de cápsulas NESCAFÉ Dolce Gusto. A partir de julho de 2016, o blend campeão irá compor a série “cafés do mundo” a ser distribuída em todos os países em que a marca atua.

CLASSIFICAÇÃO FINAL CONCURSO COLHEITA PREMIADA
Vencedor Ranking Geral
Flávio Luiz Pequini - Coromandel (MG) - Cerrado Mineiro

Categoria “Arábica via seca”
1º Flávio Luiz Pequini - Coromandel (MG) - Cerrado Mineiro
2º Osmar Pereira Nunes Junior - Patrocínio (MG) - Cerrado Mineiro
3º Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro - Patrocínio (MG) - Cerrado Mineiro
4º Fazenda São Lourenço - Varjão de Minas (MG) - Cerrado Mineiro
5º Primavera Agronegócio - Angelândia (MG) - Chapada de Minas

Categoria “Arábica via úmida”
1º Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé - Guaxupé (MG) -
Sul de Minas
2º Marçal Vilela Vilas Boas - Luminárias (MG) - Sul de Minas
3º Edison Monihara - Ibiá (MG) - Cerrado Mineiro
4º Eduardo Pinheiro Campos - Presidente Olegário (MG) - Cerrado Mineiro
5º Nagipe Viana Klem - Luisburgo (MG) - Matas de Minas

Categoria “Conilon”

1º Cooperativa Agropecuária Centro Serrana - Santa Maria de Jetibá (ES) - Conilon Capixaba
2º Bento Venturim - São Domingos do Norte (ES) - Conilon Capixaba
3º Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel - São Gabriel da Palha (ES) - Conilon Capixaba 


Flávia Pequini e família recebendo a premiação
Imagem divulgação Nestle. Linha de produção em Montes Claros

Imagem divulgação Nestle. Inauguração com presença de
 diretores internacionais

Imagem divulgação Nestle. Fábrica em Montes Claros.


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Informativo Acarpa edição de dezembro 2015


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

INFORMATIVO ACARPA DEZEMBRO 2015

A última edição de 2015 do Informativo Acarpa está disponível para leitura. Destaques:


  • A Daterra que não conhecemos.
  • Federação dos Cafeicultores reforça pontos importantes sobre Resolução Conjunta da SEMA/IGAM.
  • Novo modo de condução da brotação em cafeeiro esqueletados e decotados.
  • Brasileiros são homenageados pela Illycaffè em Milão.
  • CYAZYPYER evita as perdas quantitativas e qualitativas da broca-do-café, atestam produtores.
  • Receita especial com toque de café para a Ceia de Natal.



Parceiros da edição de Dezembro:

Cafebras 
Dupont
Mecaniza Massey Ferguson
Sicoob Coopacredi
Terrena Agronegócios
Campo Tech
Medani Caldeiras
Cortez Representações
Expocaccer
Tracan Case
Floema Nutrição Vegetal
Park Máquinas Agrícolas 
Maqnelson Agrícola John Deere
COOPA 
Kapeh Cosméticos 

Para anunciar entre em contato pelo lenaoliveira@acarpa.com.br ou (34) 3831-8080.

Valores especiais para 2016.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR BROCA DO CAFÉ ESTÁ CONFIRMADA


Está confirmada a audiência pública que discutirá os impactos da broca do cafeeiro na cadeia do café para 10 de dezembro, m Brasília, na Câmara dos Deputados (anexo II, Plenário 6), às 10h. A reunião foi requerida pelo deputado federal Silas Brasileiro (PMDB/MG) à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, após a relevante discussão sobre o tema no 23º Seminário do Café da Região do Cerrado Mineiro, em Patrocínio, no início de outubro último.

Segundo a assessoria do deputado, estão convidados para compor o fórum de discussões representantes de toda a cadeia do café, sendo:
  1. Girabis Evangelista Ramos, Diretor Do Departamento De Fiscalização De Insumos Agrícolas Da SDA/MAPA;
  2. Kênia Godoy, Coordenadora de Avaliação Ambiental de Substâncias e Produtos Perigosos da DIQUA/IBAMA;
  3. Sílvia Cazenave, Superintendente de Toxicologia da Agência Nacional De Vigilância Sanitária - Anvisa;
  4. Renato Alencar Porto, Diretor de Autorização e Registros Sanitários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa;
  5. Ricardo dos Santos Bartollo, Vice-Presidente da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado - Expocaccer;
  6. Mário Ferraz de Araújo, Diretor Técnico da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé Ltda - Cooxupé;
  7. Joel de Souza Borges, Trader da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado - Expocaccer;
  8. Breno Mesquita, Presidente da Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA;
  9. Carlos Paulino da Costa, Presidente da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé Ltda. – Cooxupe;
  10. Nathan Herszkowicz, Diretor-Executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Café -ABIC.


A broca do cafeeiro é uma preocupação da cadeia produtiva e da indústria desde 2013, quando na suspensão do principal produto de controle da praga, o Endosulfan. Produtores e técnicos relatam dificuldades para sanar o avanço gradual da praga nos cafezais o que gera grãos defeituosos, de baixa qualidade, que por sua vez, não se adequa as normas específicas para indústria de torrefação e, para exportação. A intenção é que medidas breves de autorização de produtos específicos ao controle da broca sejam autorizados pelos órgãos competentes.

Sobre o assunto: